Por: Nanin Loustau
Qual é a voz do anonimato? O que dizem as
ruas?
Costuma-se dizer que “a voz do povo é a voz de
Deus”.
Hoje durante o trajeto do ônibus, uma
mulher queixava-se do desrespeito atribuído a categoria docente, comunicava
aflita a situação agonizante na qual
encontra-se a educação.
A indignação transparecia em seu rosto e
gestos, reclamava e perguntava ao passageiro vizinho; o que vou fazer com 600
reais? e por que o parcelamento de salário no Estado do RS não é feito igualitariamente? Obteve
como resposta do silêncio, simplesmente, por quê não há resposta......
Discursava preocupada com o futuro das
crianças da nação.
Porque quando há crise o primeiro órgão que
sofre os cortes é a educação?
Criticava o comentário de uma colega que segundo ela disse: “ eles fingem que me pagam, eu finjo
que dou aula”.
(É um
pensamento ínfimo, mas não nos cabe julgar, talvez seja esse modo de
pensar, que a faça sentir-se menos tola
e humilhada)
Continuando.......
Manifestou a mulher : “não sou partidária desse tipo de raciocínio”.
Menos mal!
De uma forma muito particular e triste, desabafou:
“estou magoada, decepcionada e revoltada com essa situação, não sei o que vai ser
do país”
Fora o que a mídia mostra mas, insistimos em ignorar, e entramos por pura
ingenuidade ou falta de opção , a compor a fila dos endividados.
O caos entrou agitando a bandeira da conquista
.... eis a politicagem! A ignomínia com poder!
Tal situação fez-me tremer ao lembrar a recessão que ocorreu na Argentina no ano de
2001, o que acompanhei de perto , naquele tempo a crise trouxe consigo seus
três irmãos, o desemprego , a fome, e o caçula que tem por nome “Confisco” que
“nuestros hermanos” chamaram de “El
Corralito”. No qual o cidadão podia sacar por semana o valor de 250 Pesos.
Um tanto pessimista da minha parte admito, mas
não posso esquecer, o que presenciei, assisti.......
Nas ruas os anônimos somos, nós...eu, você e os outros!
Nas ruas os anônimos somos, nós...eu, você e os outros!
Referências: