Infográfico: Nanin Loustau
Narrativas abstratas
quarta-feira, 6 de julho de 2022
quinta-feira, 30 de junho de 2022
"Cordelivro"...conhece?
Literatura Infantil em Cordel.
"Branca de Neve" história recontada por Varneci Nascimento.
Ilustrações: Andrea Ebert.
Durante a Pesquisa pelo imperioso Universo do Cordel deparei-me com a expressão "Cordelivro", esta deriva de uma fusão entre Cordel/livro, é uma palavra contemporânea, que nasce para acompanhar a evolução e adaptação que os folhetos vem recebendo ao longo do tempo. Pode-se perceber que além do formato estético, as xilogravuras também vem ganhando novas transposições, entretanto conservando suas particularidades, antes desenhos talhados em madeira e tinta preta, realizados artesanalmente, por mãos habilidosas dos Xilógrafos, trabalho minunsioso que exige destreza e criatividade; hoje recebe cores e também é possível encontra-las na versão digital. Outro ponto relevante é a difusão da Literatura de Cordel, no passado estava mais concentrada no Norteste e Norte do país, os folhetos eram vendidos nas feiras populares, muitas vezes pelos próprios cordelistas, que utilizavam a oralidade para atrair leitores/ ouvintes. Atualmente divulgada não só em livrarias, feiras e bancas de revistas, mas também por intermédio das mídias, sites, redes sociais (Instagram, Facebook) blogs, YouTube, etc, engajados em anunciar, e popularizar ainda mais este gênero literário, rico em sua composição cultural e munido de bagagem histórica. A Literatura de Cordel é arte, cultura latente no Brasil, obteve o devido e muito esperado reconhecimento oficial, como Patrimônio Cultural Imaterial em 2018, recebendo a Certidão/Registro n° 17 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), configurando como "Bem Cultural[...] constituído pela tríade, rima, métrica e oração, bem como, suas ilustrações, [...]contribuindo para construção da identidade e formação da sociedade brasileira.[...]". (IPHAN,2018, p.2)
Pode-se constatar que o Cordel do século XXI está mais vivo do que nunca, com suas particularidades e aspectos únicos, tem se reinventado sem perder a sua essência que é encantar, surpreender, e fascinar seus leitores, através de suas poesias, tornando-os frequentadores assíduos das emocionantes e belas narrativas.
Referências:
Patrimônio Imaterial.Registro. Brasília:Ministério da Cultura/IPHAN. Disponível em:<http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1943> Acesso 1 Jul 2022.
segunda-feira, 13 de junho de 2022
Literatura de Cordel
Por: Nanin Loustau
Instagram: @cordel.infantil
Leandro Gomes de Barros nasceu em Pombal (Paraíba) em 1865, foi um cordelista renomado."Não se sabe quem foi o primeiro autor a imprimir seus poemas, mas seguramente Leandro Gomes de Barros foi o responsável pelo início da publicação sistemática. Em folheto editado em 1907, ele afirmava escrever poemas desde 1889" (ABREU, Maria, 1999 p.91). A autora destaca que, no Nordeste no início do século XX, a escola não era franqueada para todos, e sem a mediação entre escola, crítica literária, bibliotecas, os folhetos dependiam exclusivamente da receptividade do público, e naquele tempo guardavam-se os poemas na memória.
“Dentre os primeiros autores, ganharam evidência Francisco das Chagas Batista, que começou a publicar seus poemas em 1902, João Martins de Athayde em 1908 e o próprio Leandro Gomes de Barros.”(ABREU, 1999, p.98).
No livro Histórias de Cordéis e Folhetos, a estudiosa, faz um panorama historiográfico da Literatura de Folheto, evidencia a influência portuguesa na Literatura de Cordel brasileira e compara as diferenças entre as duas.
Bibliografia
ABREU, Márcia. Histórias de Cordéis e Folhetos. Campinas, SP: Mercado das Letras; Associação de Leitura do Brasil, 1999.
terça-feira, 26 de março de 2019
POR QUE ADOTAR A PRÁTICA DE LEITURA LITERÁRIA EM SALA DE AULA?
Por: Nanin Loustau Oyambure
A literatura está presente em todas as esferas sociais,
circunda-nos tanto de forma escrita, quanto de forma oralizada, fazendo parte do
universo ficcional, adulto e infantil. Nas palavras de Antônio Cândido (1999, p.105) “a
literatura corresponde à necessidade universal de dar forma à fantasia,
inclusive (talvez sobretudo) a fim de compreender melhor a realidade”.
O autor afirma que o indivíduo tem necessidade profunda
do imaginário, sendo indispensável o direito à literatura, para tanto, desassociar
a prática da leitura literária em sala de aula, não propiciar a atmosfera para
que os pequenos venham a adquirir o gosto pela leitura, não apresentar obras literárias
e autores, é privar o aluno do direito à arte literária, ou seja; ao deleite, à
fantasia, ao conhecimento, à fruição. A utilização da literatura deve ser
percebida como uma ferramenta poderosa para proporcionar às crianças visão de
mundo, o sociólogo e ensaísta Todorov (2009)
argumenta que a literatura tem o poder de transformar e revelar ao leitor
outras perspectivas de mundo; ademais de abastece-lo de imaginação,
criatividade, criticidade, pois há um resgate emancipatório em sua essência.
Para tanto,
é mister que o professor, faça uma ruptura da elitização quanto ao acesso a
literatura, ao ofertar aos seus educandos uma variedade de gêneros literários,
bem como, os diversos gêneros textuais que circulam tanto no cotidiano escolar
(educação formal) quanto no âmbito familiar (educação informal), entretanto,
vale salientar que é dever da escola apresentar e disponibilizar o acesso a
esse material. A imersão ao universo
letrado, através da leitura literária na infância, prepara melhor a criança para
resolver problemas do cotidiano, conflitos internos, dando-lhe condições para
administrá-los com equilíbrio, para (CANDIDO, 2011, p.177), “ A literatura
confirma e nega, propõe e denuncia, apoia e combate, fornecendo a possibilidade
de vivermos dialeticamente os problemas”, ou seja, podemos viver experiências
inauditas, através de outrem, os personagens emprestam ao leitor os dilemas, os
sofrimentos, a felicidade, isto é, vivo, sofro, amo, desejo, morro, de forma
figurada, entretanto, o autor reconhece que a literatura não é inofensiva, por
esse motivo os professores têm de selecionarem de forma criteriosa as obras que
irão apresentar às crianças.
Os Parâmetros Curriculares da Língua
Portuguesa, apontam que faz-se necessário dentro do âmbito educacional, a
utilização do “patrimônio cultural da
infância”; ou seja, o livro, este acesso viabiliza o desenvolvimento
intelectual da criança.
O
livro literário não pode ser tratado somente para fins pedagógicos, uma vez que
é um produto artístico e cultural, e está para além de alfabetizar, o hábito da
leitura é adquirido quando o professor, ou a família da criança, frequentam os
livros com assiduidade, estimulando de forma agradável, convidando-os para a
fruição literária.
Entretanto,
um dos recursos pedagógicos mais utilizados pelos professores em sala de aula
após a leitura de alguma obra, é propor aos seus alunos que produzam textos a
respeito do tema abordado na história, que causa muitas vezes enfado às crianças,
afastando-as dos livros.
[...]Com isso, é possível afastar uma série de
equívocos que costumam estar presentes na escola em relação aos textos
literários, ou seja, tratá-los como expedientes para servir ao ensino das boas
maneiras, dos hábitos de higiene, dos deveres do cidadão, dos tópicos
gramaticais[...] (MEC, 1997, p.30).
Fazer uso da literatura somente para
fins pedagógicos, causa muitas vezes o distanciamento das crianças com relação
aos textos literários, tal estratégia pode vir a ser substituída por exemplo;
por convites a visitas periódicas/assíduas à biblioteca da escola, para que
primeiramente escolham um livro, e façam uma leitura silenciosa, após a leitura
compartilharem com os colegas do que se tratava a história. Ou a dinâmica do
“eu indico”, (combinado com a turma) que em um determinado dia da semana, durante
a roda de conversa, o aluno que tivesse lido alguma história, conto, poesia, ou
história em quadrinhos (HQ), indicasse a obra, o autor, para a classe, narrando
alguns fatos interessantes, para aguçar a curiosidade dos colegas e fazê-los
quer ler o livro.
A utilização dessas estratégias são
aprazíveis, tanto para o professor quanto para os alunos, causando, interação
entre as crianças, divertimento, troca de informações, eloquência, desinibição,
não causando traumas ou aversões a leitura; o professor leitor, gera o hábito
da leitura em seus alunos.
Fazer com que a criança, passe a evitar os livros,
fazê-la desenvolver aversão à leitura literária, é voltar a concepção do século
XVIII, na qual a sociedade da época, pensava para a classe popular a seguinte
realidade: conforme afirma Zilberman (2003)
A criança burguesa deve ser preparada para assumir
sua função dirigente, a criança pobre precisa ser amparada para converter-se em
mão de obra. Em ambos os casos, a finalidade social é única, porém o treino
recebido é personalizado: para liderar, o ser humano demanda unidade interior e
saúde mental, enquanto do proletário, para cumprir sua missão, são exigidas
confiança na classe dominante e saúde física. (ZILBERMAN, 2003, p.59).
A democratização da leitura, faz-se imprescindível
para que ocorra uma interrupção da ideologia latente do século XVIII , e seja viável a erradicação do analfabetismo
literário.
Os professores e alunos de Macapá podem usufruir do acervo e espaço artístico que a Biblioteca Pública Profa. Elcy Lacerda oferece.
Fonte:
Acervo Pessoal, 2016
BIBLIOGRAFIA
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Lingua Portuguesa/ Secretaria da Educação Fundamental—Brasília:
144p. 1997.
CÂNDIDO, Antônio. Literatura, espelho da América? Remate de
males, Campinas, p.105-113, 1999. Número especial. Disponível<http://revistas.iel.unicamp.br/index.php/remate/article/view/3563/300> Acesso
03 setembro 2017.
TODOROV, Tzvetan A literatura em Perigo. Rio de Janeiro: Difel, 2009.
ZILBERMAN, Regina.A Literatura Infantil na Escola. São Paulo: Global, 2013
sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
Meus livros preferidos de Literatura Infantil Nacionais e Internacionais
Por: Nanin Loustau
A leitura
literária é essencial para um educador, resolvi elaborar uma lista, pensando nos
professores que desejam propiciar aos seus alunos momentos deleitosos, estimulando
o hábito pela leitura nas crianças.
Os que elenco aqui, são formidáveis e encantam a
um público diversificado; quanto aos critérios de escolha, para Góes (1991) não
há como aquilatar uma obra literária, os critérios irão desde a experiência, ideologia, valores,
estilo, ilustrações, de cada leitor, a autora também sugere que os professores,
consultem os bibliotecários, pois estes
tem contato direto com às crianças.
Outro
ponto relevante é quanto a obra em si, desde a estrutura e aspecto estético, uma
vez que, crianças muito pequenas são
leitores ouvintes, e costumam ler as imagens explicitadas nos livros, para
tanto, é importante que se esteja atento à idade da criança, e a indicação do livro, as editoras costumam
definir na ficha catalográfica de cada obra, sendo Literatura Infantil ou Infanto-juvenil.
Vamos
então aos meus livros preferidos, nacionais
e internacionais:
“LA PEOR SEÑORA DEL MUNDO” AMADÍS DE ANÍS, AMADÍS DE CODORNIZ”, LA VIEJA
QUE COMÍA GENTE, “A GOLPE DE CALCETIN do escritor mexicano Francisco Hinojosa
“OS PROBLEMAS DA FAMÍLIA GORGONZOLA”,
“FELPO FILVA”, “FILÓ E MARIETA”, “LOLÓ BARNABÉ” “PANDOLFO BEREBA”, “UMBIGO
INDISCRETO”, “DRUFS”, “LISTAS FABULOSAS”, “NÃO CONFUNDA”, “ASSIM ASSADO”, todos da escritora e ilustradora Italo/Brasileira Eva Furnari.
“LIMELIQUES”, “O GRANDE RABANETE”, “O CASO DO BOLINHO”,
“STANISLAU”, “AS FORMIGAS”, “ O CASO DO VASO”, “ DEZ ÇACIZINHOS” da escritora russa TATIANA BELINKY.
"DOS CAMARADAS", "EL GORRIÓN Y LAS GOLONDRINAS", "EL GATITO", "LA NIÑA Y LAS SETAS", "EL HUESO DE LA CIRUELA", "EL PAJARITO", "EL LEÓN Y EL PERRITO" contos para crianças, do escritor russo TOLSTÓI.
“O REIZINHO MANDÃO”, “O REI QUE NÃO
SABIA DE NADA” escritora brasileira RUTH ROCHA.
“EL REINO DEL REVÉS” ,“EL MONO LISO”,”
MANUELITA”, “EL PAÍS DE LA GEOMETRÍA”,“CUENTOPOS DE GULUBÚ” escritora Argentina MARÍA ELENA WALSH.
“PAPAI É MEU”, “ATÉ AS PRINCESAS SOLTAM
PÚM” do escritor ILAN BRENMAN
“O
NOIVADO DE EMÍLIA”, “AS REINAÇÕES DE NARIZINHO”, “ O MUSEU DA EMÍLIA”, do escritor brasileiro, MONTEIRO LOBATO.
“QUEM SOLTOU O PUM? ” dos escritores brasileiros BLANDINA
FRANCO E JOSÉ CARLOS LOLLO.
“CORDEL ÁFRICA”, CÉSAR OBEID “SOU
INDÍGENA E SOU CRIANÇA” dos escritores CÉSAR OBEID E TAÍSA BORGES.
“O PATO A MORTE E A TULIPA” escritor alemão, WOLF ERLBRUCH
“PESCADORES DE SONHOS” escritora brasileira ANGELA DE CARVALHO.
“CURIAÚ: AS MARCAS DE UMA GERAÇÃO” escritor brasileiro SEBASTIÃO MENEZES.
“DRÔLE DE PIQUI-NIQUE”, “AU SECOUR WALDO!”, escritor AMERICANO HANS WILHELM.
OS LIVROS DE LITERATURA INFANTIL INCLUSIVA
"ERA UMA VEZ UM CONTO DE FADAS INCLUSIVO", "CHAPEUZINHO DA CADEIRINHA DE RODAS VERMELHA", os livros foram escritos por um fisioterapeura brasileiro, esta coletânea foi-me apresentada durante uma palestra na UFPEL (FAE) em 2015.
“PESCADORES DE SONHOS” escritora brasileira ANGELA DE CARVALHO.
“CURIAÚ: AS MARCAS DE UMA GERAÇÃO” escritor brasileiro SEBASTIÃO MENEZES.
“DRÔLE DE PIQUI-NIQUE”, “AU SECOUR WALDO!”, escritor AMERICANO HANS WILHELM.
OS LIVROS DE LITERATURA INFANTIL INCLUSIVA
"ERA UMA VEZ UM CONTO DE FADAS INCLUSIVO", "CHAPEUZINHO DA CADEIRINHA DE RODAS VERMELHA", os livros foram escritos por um fisioterapeura brasileiro, esta coletânea foi-me apresentada durante uma palestra na UFPEL (FAE) em 2015.
BIBLIOGRAFIA:
GÓES,
Lúcia Pimentel. Introdução a literatura
infantil e Juvenil. São Paulo: Pioneira, 1991.
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura
Infantil - Gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione,
1997.
Disponível em : http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2012/10/contos-de-fadas-ganham-versao-inclusiva-em-livro-de-fisioterapeuta.html
Prelúdio à arte
Por: Nanin Loustau
A arte está para além do estético, é intrínseca, e veio para resgatar-nos da realidade hedionda.
A arte é um ensaio para a felicidade, iludindo os sentidos.
Ignorar a realidade é inúmeras vezes observar o mundo filosoficamente de forma artística.
Então submetemos a realidade a uma transformação, a uma representação do que gostaríamos que fosse, a embelezamos de acordo com nossas vontades e temperanças de desejos.
Os desejos projetam e promovem um acordo entre o belo e a realidade, por sua vez, é transformado em um outro fenômeno que leva ao raro, nos domínios da imaginação.
A arte é feroz e benevolente, e também existe para que seja contemplada pelo olhar de outrem, por aqueles que não conseguem ver beleza nas coisas do cotidiano, aqueles que não enxergam com os seus próprios olhos, então usam o olhar do artista para poder observar a beleza do que passa despercebido.
2017 e 2018
Imagens feitas em exposições realizadas na Escola de Artes Cândido Portinari
Imagens: Acervo pessoal.
Imagens: Acervo pessoal.
domingo, 2 de dezembro de 2018
MA PETITE CHATTE NOIR
Por: Nanin Loustau
Ma petite
chatte noir, elle adore dormir sur mon lit.
Elle est
très jolie et affectueuse.
Tous les
jours elle se réveille à 6 heures et prend un bol du lait, mais aussi se
réveille quand la personne va preparer un repas, ou lorsque nous
préparons quelque chose dans la cuisine.
_Comprennent? Ma chatte est très intelligent.
Elle
aime beaucoup voyager avec la famille, et se comporte très bien pendant le
voyage.
Ma petite chatte noir, se lave trois fois par jour,
et gratte les canapés, elle se régale, et s’agite em tous les sen, et sauter de
contente.
Onde aprendo Francês?
No centro Estadual de Línguas e Cultura Francesa Danielle Mitterrand.
Assinar:
Postagens (Atom)