Crônica
A grosseria irmã da barbárie, habita
na selva das esquisitices, certamente!
“OS TRANSEUNTES”
Por: Nanin
Loustau
Segunda-feira, o sol explode nas
janelas das casas,
é o dia em que somos novamente
trazidos com veemência para a realidade.
As ruas da cidade estão
movimentadas, trânsito infernal, movimento de som característico,
somos quase que contagiados pelos
passos apressados a caminhar em igual ritmo
pessoas passam, completamente
alheias à nós,
na multidão personagens enigmáticos
do cotidiano,
Os ônibus, passam repletos, os que
ficaram de pé invejam integralmente os que viajam sentados.
Sentimentos são gerados , ou a falta
deles.
Leitor, já prestou atenção como às pessoas comportam-se nas artérias da cidade?
Certo dia quando peguei um
ônibus, desses bem cheio de gente
um senhor adentrou, ocupava
dois lugares, vestia calças e um cinto bem apertado que o deixava em formato de 8.
Na frente, um senhor de seus 70 anos, a principio
pensei que conversava com o cobrador, não era, pois este usava fone de ouvidos, logo pensei, bom
Conversa com o motorista?
com a senhora que estava
ao lado? Nada
O tempo ia passando, e num
determinado momento constatei que ele falava sozinho!
Ele fazia três tipos de vozes, uma
perguntava em tom grave e sonoro, uma outra voz mais suave e fina respondia e a
outra voz era a que dava opinião em tom enérgico.
Vai entender......
O motorista faz outra parada obrigatória,
onde entra outra figura, um homem trajando indumentária gaúcha completa, como
quê reforçado a original estirpe, no pescoço um lenço vermelho, deixando claro
ser Maragato, de acessório mais contemporâneo, um óculos do tipo espelhado.
Mais adiante entrou uma mulher
barbada, confiem
pensei que só existia no circo,
absolutamente, essa mulher passeia por aí,
personagens do tipo que
assustam crianças,
de parada em parada o ônibus ia aos
poucos superlotando
quando já repleto, uma mulher fica
de fora, trajava saias longas lembrava ser hippie
as pessoas faziam sinal com às mãos
de “ lotado, lotado”
mesmo assim ela reclamou pó meu ! por quê eu não posso
entrar?
e um, lá de dentro gritou, vai
de a pé!
Desci, por sorte, aquilo era um
hospício.
Caminhava quando, uma mulher
ia atravessando a avenida demoradamente
E um ciclista ralhou, sai da
frente !
Esta respondeu-lhe
rapidamente estou na faixa! desbocada, logo proferiu um
palavrão.
As pessoas maltratam-se,
protegidos pelo escudo do anonimato.
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